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HELENA IGNEZ (Salvador, 23 de maio de 1942[1] ) é uma atriz brasileira.

 

Helena nem imaginava ser atriz, quando, já em seu segundo ano do curso de Direito, assistiu a uma peça teatral e encantou-se com a atuação de um grupo de jovens atores. Vislumbrou, então, a possibilidade de dar novos rumos à sua vida. Para desespero de sua família, abandonou a faculdade e matriculou-se no curso de Arte Dramática da Universidade Federal da Bahia.

Surgiu no teatro baiano em um momento extremamente vanguardista, de rompimento total com a parte mais provinciana do teatro brasileiro. Trabalhou com diversos mestres das artes cênicas, até mesmo com diretores da Broadway. Tudo isso representava uma grande inovação para a época e, logo em sua primeira aparição no cinema, ela foi dirigida por Glauber Rocha - que dispensa observações a respeito do quesito "vanguarda".

Falar do Cinema Marginal sem falar de Helena Ignez seria o mesmo que ignorar a importância de Rogério Sganzerla ou Júlio Bressane no movimento. Helena Ignez é um ícone do Cinema Marginal tão importante quanto os demais pioneiros do movimento. Helena Ignez criou um novo estilo de atuar: debochado, extravagante, a violência feminina. Antes de A Mulher de Todos, possivelmente, não havia um outro filme que apresentasse com uma força tão grande a presença da mulher.

 

De "mulher do padre" a "mulher de todos"[editar | editar código-fonte]

Helena conheceu Glauber na UFBA, onde ele cursava Direito. Viram-se pela primeira vez quando ele debochava da atuação de um ator que interpretava Castro Alves. Conheceram-se pessoalmente quando Helena foi buscar um par de brincos de jade que ganhara de um banqueiro, como prêmio por vencer o concurso de Glamour Girl. Nesse primeiro contato, acabou encontrando o jovem que queria fazer cinema. O tal banqueiro prometeu patrocinar o filme e entrou com a quantia de dez mil dólares. Foi a estréia tanto de Glauber quanto de Helena no cinema, com o curta-metragem O Pátio, de 1959.

Helena e Glauber se casaram e tiverem uma filha, a atriz Paloma Rocha, mas se separaram poucos anos depois.

Depois de participar de filmes de sucesso como A Grande Feira (1961), Assalto ao Trem Pagador (1962) e O Padre e a Moça (1966), foi a São Paulo interpretar Janete Jane, em O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla. A partir de então, Helena Ignez passa a ser uma personalidade essencial para o Cinema Marginal - tanto na frente quanto por trás das câmeras - tendo contribuído financeiramente com as produções da Belair, produtora fundada em parceria com Rogério Sganzerla e Júlio Bressane, que concebeu importantes filmes do udigrudi.

Helena e Rogério se casaram e tiveram dois filhos, a compositora Sinai Sganzerla e a atriz Djin Sganzerla. Talvez, essa união seja uma das mais importantes para o cinema nacional. Como afirma o crítico de cinema Ruy Gardnier, "tudo o que o corpo-de-atriz Helena Ignez esperava para se tornar deparou-se com tudo que o gesto-de-diretor de Sganzerla gostaria de exprimir, e nasceu daí uma parceria artística e existencial decisiva". A partir de então, praticamente todos os filmes dirigidos por Sganzerla contaram com a participação de sua esposa.

De 1968 a 1970, chegou a fazer de dez a doze filmes. Em 1972, ocorreu uma guinada na sua vida e ela foi filmar na Europa, Estados Unidos e África, onde fez um super-8 sem título. Nesse período, Helena viajou muito e chegou a morar em um templo, mas não se afastou do teatro. Dava aula, dirigia e se apresentava tanto fora quanto dentro do Brasil.

Da atuação de gestos simples, contidos de O Padre e a Moça à anarquia corporal de A Mulher de Todos, considerado pelo crítico Jean-Claude Bernadet o melhor filme brasileiro, Helena Ignez sempre estudou e coreografou suas atuações. "Ângela Carne e Osso" – seu personagem mais parecido com Helena segundo ela mesma – chuta, dança, pragueja contra seus homens à medida que os ama, nunca se limitando apenas a uma presença sedutora. Helena Ignez inaugurou um novo estilo de interpretação feminina, seguida por atrizes como Adriana Prieto e Anecy Rocha.

Com a morte do marido Rogério Sganzerla, há sete anos, vítima de um tumor cerebral, assumiu o texto, a produção de Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha(2010), retomando a continuação que Sganzerla havia escrito para O Bandido da Luz Vermelha, clássico de 1968. Dividiu a direção com o diretor Ícaro Martins, e colocou no mundo o filho do bandido de 1968, com Djin Sganzerla (filha de Helena e Rogério), André Guerreiro Lopes e o cantor Ney Matogrosso no elenco.

 

Carreira[editar | editar código-fonte]

No cinema[editar | editar código-fonte]

  • 1959 - O Pátio

  • 1961 - A Grande Feira

  • 1962 - O Assalto ao Trem Pagador

  • 1964 - O Grito da Terra

  • 1965 - O Padre e a Moça

  • 1967 - Cara a Cara

  • 1968 - O Bandido da Luz Vermelha [2]

  • 1968 - A Última Testemunha (Série televisiva)

  • 1968 - O Engano

  • 1968 - Os Marginais (episódio: "Guilherme")

  • 1969 - A Mulher de Todos[2]

  • 1969 - Um Homem e Sua Jaula

  • 1970 - A Família do Barulho

  • 1970 - Barão Olavo, o Horrível

  • 1970 - Copacabana mon amour [2]

  • 1970 - Cuidado Madame

  • 1970 - Sem Essa, Aranha[2]

  • 1970 - Carnaval de Lama [2]

  • 1971 - Os Monstros de Babaloo

  • 1973 - Um Intruso no Paraíso

  • 1985 - Nem Tudo É Verdade [2]

  • 1991 - Meu Marido (minissérie televisiva)

  • 1992 - Oswaldianas (episódio: "Perigo Negro")

  • 1992 - Perfume de Gardênia

  • 1992 - Tereza Batista (minissérie televisiva)

  • 1993 - Perigo Negro (curta metragem) [2]

  • 1997 - Você Decide (série televisiva - episódio: "Terra")

  • 1999 - São Jerônimo

  • 2003 - O Signo do Caos [2]

  • 2008 - Encarnação do Demônio

  • 2008 - Amarar

 

No teatro[editar | editar código-fonte]

  • 1969 - Hair

  • Em 1997, dirige sua filha Djin Sganzerla em “Cabaret Rimbaud - Uma Temporada no Inferno”, que foi apresentada em várias cidades. No ano 2000, mãe e filha dividem a cena em “Savannah Bay”, de Marguerite Duras, com direção de Rogério Sganzerla e em “Antiga”, escrita e dirigida por Dionisio Neto. Em 2007, novamente contracena com a filha no espetáculo "Um Sonho", de August Strindberg, com direção de André Guerreiro Lopes.

  • Em 2008, a atriz integra o elenco da peça "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, montada pelo grupo Os Satyros, com direção de Rodolfo García Vázquez e em 2016 atua em “Pessoas Perfeitas” com o mesmo grupo.

 

FRANSÉRGIO ARAÚJO

(Uberlândia/MG, 1977) é ator e diretor.

Biografia

Fransérgio Gonçalves de Araújo, mais conhecido como Fransérgio Araújo, nasceu em Uberlândia, Minas Gerais, em 25 de setembro de 1977. Em sua cidade natal inicia-se no Teatro, em 1993, como diretor da Associação de Teatro de Uberlândia, criando a Mostra ATU de Teatro. No ano seguinte, faz Oficina de direção da montagem de “Dias Felizes”, de Samuel Becket, ministrada por Jacqueline Laurence.

Em 1995, muda-se para São Paulo, onde faz parte do Teatro Oficina Uzyna Uzona, atuando nos espetáculos “Bacantes”, de Eurípides, “Hamlet”, de William Shakespeare, “Ela”, de Jean Genet, e “Os Sertões”, de Euclides da Cunha.

Em 1998, dirige, sob coordenação de José Celso Martinez Corrêa, o coro de Yamabushis do Nô Japonês “Taniko”, de Zen Chiku. Em 2002, participa do ciclo de leituras de peças do Plínio Marcos, onde dirige pela primeira vez uma leitura encenada da peça “Uma Oração Para Um Pé De Chinelo”.

Em 2003, é escolhido para dirigir “Querô“, de Plínio Marcos, montagem que estreou no Teatro de Arena, seguindo para o Teatro Oficina e logo foi escolhida a melhor montagem do Fringe, mostra paralela do Festival de Teatro de Curitiba.

Em 2004, faz adaptação cênica e direção do romance de Betty Milan “O Amante Brasileiro“, que fica em cartaz no Teatro Oficina.

Inicia a montagem de “O Assalto”, de José Vicente, onde trabalha como ator e mantém a peça em cartaz até o início de 2009.

Em 2008, dirige “Asas em Torno de Mim”, monólogo de Irley Machado com Kátia Bizinotto. Ministra a oficina de atuação “Trajetórias, Processos de Atuação e Modos de Produção do Teatro oficina”, como curso de extensão da UniRio, Rio de Janeiro/RJ.

Em 2009, dá aulas de Interpretação Realista e Oficinas Livres na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro. Dirige uma adaptação própria de “A Exeção e a Regra” de Bertold Brecht. Trabalha como ator em “Deus é Química”, de Fernanda Torres, com Luiz Fernando Guimarães, Fernanda Torres,Francisco Cuoco e Jorge Mautner, em cartaz no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro.

Em 2010, funda a Cia. Ópera Ritual, com a proposta de investigar e se aprofundar no conceito do Teatro Selvagem, que se baseia no "teatro e a peste", de Antonin Artaud. O grupo estreia com a peça “O Abismo”, inspirado no texto “Aquele que diz sim, Aquele que diz não”, de Bertold Brecht. Na sequência, dirige e atua em " O Mal Dito", inspirado em "Cantos de Maldoror", de Isidore Ducasse.

No cinema, em 2000, atua no filme “Através da Janela”, de Tata Amaral, com Laura Cardoso.

 

DAVID SCHUMAKER

Formado em Artes Plásticas pela ECA-USP,1993,Atua como diretor de arte, cenógrafo e figurinista desde 1989. Principais trabalhos:

1989- Amor de D. Perlimplim com Belisa em seu jardim, de Federico Garcia Lorca, direção Paula Coelho.Cenário e figurino. TUSP

1997- Um Homem Comum, textos de Fernando Pessoa, Direção David Schumaker e . . Aury Porto. TBC, sala Arena e Teatro da Classe, Curitiba. Co-Direção, cenário, figurino.

2002- Rebentos, de Paulo Farias, dir. Paulo Farias e Edgar Castro.Cenário e figurino.

2003- O Homem dos Crocodilos, de Alberto Munhoz e Arrigo Barnabé. CCBB-São

. Paulo, CCBB-RJ e Buenos Aires.Figurino, David Schumaker e Luiz Gê.

2004-Os Sertões- O Homem I, adaptação do texto de Euclides da Cunha, direção José Celso M.Correa. Teatro Oficina, Sesc Pompéia e Alemanha. Prêmio APCA de Melhor . Espetáculo 2004. Figurinos de David Schumaker(1ª versão).

2006- Prototypós, coreografia de Maria Mommensohn, , cenário Arnaldo Bataglin e . . David Schumaker, figurinos David Schumaker, Galeria Olido.

2007- Eu Sou, o que a Água Me Deu, Frida, de Wagner de Miranda , Sesc Consolação e . . Centro Cultural São Paulo. Figurinos.

2007-A Queda, adap. Do texto de Albert Camus,dir. Aury Porto. SESC Consolação e Teatro Oficina.Cenário, figurino e assistência de direção.

2008- Cypriano e Chantalan, de Ant�?nio Carlos Martines Corrêa, dir. Marcelo . ... . ... Drummond, Teatro Oficina .Figurinos de David Schumaker e S�?nia Ushiama,

2008- Os Bandidos, de F. Schiller, dir e adap. José Celso Martinez Corrêa , Teatro , . . Oficina, figurinos David Schumaker e S�?nia Ushiama.

2009- Carta ao Pai, de Kafka, dir Solange Akherman, interprt. Dionísio Neto;

2010- Espectros de Shakespeare, coreografia de João Andreazzi, SESC , O Lugar.

2011- Limpe Todo o Sangue Antes Que Manche o Carpete,de Jô Bilac, SESC Consolação.

2012- Nigredo, coreg. Maurício de Oliveira. Sesc Consolação. Cenário

2012- Ron Carter. Show do Quarteto Ron Carter em comemoração aos seus 75 anos. Cenário e direção de Luz.

-Cinema

2002-2004 Figurino para os filmes MUTANTE e CORPO, de Rubens Rewald e Rossana Foglia, Prêmio de Melhor filme curta-metragem no Festival da Bahia, Festival na Alemanha , Festival de Clermont-Ferrand. Melhor Filme Estrangeiro do The Method Indepent Festival.

2010- RETROVISOR, direção Eliane Coster .Figurinos curta-metragem. Seleção oficial do Festival de Paulina 2010.

 

RUMBO REVERSO


Rumbo Reverso é a realização dos experimentos, pesquisas e improvisos musicais de Cacá Amaral, através da utilização de loops. 
A ordem é subverter a própria ordem pela busca do resultado sonoro, revisitando características que remetem a lugares diversos, densos ou isolados, com progressões nem sempre apegadas a início, meio e fim.
 Essas progressões surgem para fazer a liga entre as canções, por vezes reinseridas como uma lembrança de que tudo faz parte de uma mesma origem, reforçando a clássica importância do álbum musical.

Nos shows, Rumbo Reverso se apresenta solo com Cacá Amaral(guitarra, bateria e efeitos em loop) ou com o tecladista Leandro Archela, o baixista Rodrigo A. Hara e Ricardo Pereira - metalofone e efeitos, ou ainda, com outros músicos amigos fazendo com que cada show tenha características únicas e distintas. 
No seu primeiro disco feito em formato de vinil e cd, além de Archela, conta com as participações de Maurício Takara - trompete, bateria e metalofone; Daniel Gralha - trompete; Cuca Ferreira - sax barítono; Paulo Moraes - Sax Alto; Diogo Valentino - baixo e produção musical, Mancha Leonel - Baixo e produção, Fabiane Trindade - Violino.

Em 2016, após várias apresentações no circuito underground paulistano, centros de cultura e Sesc, Rumbo Reverso lança seu segundo álbum gravado novamente na casa do manha -SP e intitulado simplesmente de "II". Lo-fi, dark folk, psych experimental, electric, ou simplismente música caseira e imagética. A tão complexa opção por uma célula simples. O vazio; o silêncio; o som cotidiano; a frequência banal; a "não música", a desconstrução; a melodia camuflada no ruído; as cenas recorrentes de filmes; todos esses elementos são abarcados como objeto de pesquisa do segundo álbum, que conta também com a participação de vários amigos músicos e novamente com a produção de Diogo Valentino e Mancha Leonel.

 

FRED FONTES, é diretor de produção oficial da COMPANHIA SATÉLITE, formando do curso de Ciências Contábeis da FEA-USP.

 

 

TEATRO - PRODUÇÃO

 

2009/11 - Gestor da sede da Companhia Satélite.

2010 - FESTIVAL COMPANHIA SATÉLITE – 15 anos – mostra do repertório

2009/10 - OLERÊ! OLARÁ”, de Dionisio Neto

                SEIOS, de Walcyr Carrasco por Ivan Feijó

2009 - CARTA AO PAI, de Kafka por Solange Akierman

2008 - DESCONHECIDOS, de Dionisio Neto por Ivan Feijó

2006 - DOIS LADOS DA RUA AUGUSTA, de Dionisio Neto por Ivan Feijó

2011-5 – DESAMOR, de Walcyr Carrasco

                                                                                                                                             

ESTEFANI FONTES, é assistente de produção, operadora de luz e light-designer da Companhia Satélite desde 2006. Formanda do curso de Cinema da Universidade Anhembi Morumbi

 

TEATRO

2011 - DESAMOR, de Walcyr Carrasco por Lucia Segall

2010 - FESTIVAL COMPANHIA SATÉLITE – 15 anos – mostra do repertório

2009/10 - OLERÊ! OLARÁ”, de Dionisio Neto

                SEIOS, de Walcyr Carrasco por Ivan Feijó

2009 - CARTA AO PAI, de Kafka por Solange Akierman

2008 - DESCONHECIDOS, de Dionisio Neto por Ivan Feijó

2006 - DOIS LADOS DA RUA AUGUSTA, de Dionisio Neto por Ivan Feijó

 

MÚSICA

 

2012 – KREPAX – show da banda no SESC CONSOLAÇÃO

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